segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dia Negro no Giro 2011.


Morre Wouter Weylandt. Giro em choque.

Ciclista da Leopard-Trek caiu no Passo del Bocco, durante a 3ª etapa, e não resistiu aos ferimentos. Bruno Pires, colega do belga, arrasado tal como toda a equipa.

Wouter Weyland faleceu esta tarde na sequência de uma queda na 3ª etapa da Volta a Itália.

O belga de 26 anos caiu na descida do Passo del Bocco a grande velocidade e apesar de levar capacete perdeu imediatamente a consciência. Os paramédicos tentaram fazer a reanimação do atleta no local mas sem resultados.

Hoje, o nosso colega e amigo Wouter Weylandt morreu após uma queda. A equipa está em estado de choque e triste. Mandamos todos os nossos pensamentos e as mais profundas condolências à família e amigos do Wouter. É um dia difícil para o ciclismo e para a nossa equipa, devemos todos procurar apoio naqueles que nos são mais próximos”, explicou o director da equipa luxemburguesa, Brian Nygaard.

O Eurosport tentou contactar Bruno Pires, colega de Weylandt na equipa que a Leopard levou ao Giro, mas o ciclista remeteu para mais tarde uma reacção por não se encontrar em condições de falar sobre o sucedido.

Como consequência do sucedido a organização do Giro cancelou a cerimónia do pódio no final da etapa. Por agora não se sabe se a Leopard vai retirar a equipa da prova.

Weylandt era profissional desde 2004 e chegou à alta roda do ciclismo pela mão da Quickstep, onde durante vários anos foi um dos lançadores de Tom Boonen. Ficam para a histórias duas vitórias em grandes Voltas: 17ª etapa da Vuelta em 2008 e 3ª etapa do Giro em 2010, que por ironia do destino viria um ano depois terminar precocemente a sua carreira que este ano tinha renascido no projecto luxemburguês dos irmãos Schleck.

Desporto com algum risco associado, as mortes no ciclismo têm a vindo a diminuir substancialmente devido às medidas de segurança e sobretudo pelo constante uso do capacete. Há 16 anos que não morria um ciclista profissional numa grande Volta, precisamente desde Fabio Casartelli que em 1995 perdeu a vida após uma queda na Volta a França.

No Giro esta é a quarta morte da história da competição e a primeira nos últimos 25 anos. Emilio Ravasio em 1986, Juan Manuel Santisteban em 1976 e Orfeo Ponsin em 1952 foram os outros malogrados na corrida italiana, que está obviamente de luto, tal como todos aqueles que gostam de ciclismo.

Fonte: tv.eurosport.pt

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